Muitos pensam que ela não desse pais, outros pensam que ela é estranha, que ela pensa ser o que não é, que ela se esconde nas palavras que sozinhas se juntam na cabeça dela formando um texto que pode não ter sentido nenhum.
Disseram-me que ela se veste mal, que ela é feia, que tem medo dela, mas quando me mostraram o rosto dessa menina não vi tudo isso que me falaram. Pra mim ela pareceu uma adolescente normal, na flor da idade que gosta de escutar musicas, se vestir do jeito que quer e gosta de escrever o que lhe vem à cabeça.
Um dia a vista sentada sozinha na hora do recreio e fui conversar com ela, perguntei por que ela se achava diferente das outras e ela me respondeu quase que instantaneamente. “Porque eu sou!” perguntei se ela sabia me dizer a explicação dessa resposta e ela me respondeu. “Quantas meninas você vê que trazem livros antigos pra escola, que não ligam para não estarem namorando, que mesmo gostando de algum menino antes de ir falar com ele fala com a mãe depois com as amigas, quantas pessoas existem que escrevem pelo simples prazer de escrever..”, no meio de seu discurso eu a interrompi pois já havia percebido que ela era diferente. Percebi também que ela fazia várias coisas que eu faço isso me fazia diferente também. L
Agora eu sei que sou eu que sei que sou baixa para a minha idade, sei que não sei fazer nada demais, sei que meu cabelo cacheado é diferente de todos os cabelos super lisos que eu vejo na rua, sai que não sou a mais inteligente da sala, nem a mais bonita, sei que gosto das coisas que gosto. Bom, agora eu descobri quem eu sou.
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