6 de set. de 2010

CARTA PARA O PASSADO,


“Bom, eu não sei como começo isso porque nunca na minha vida fiz uma carta pra alguém que já não está mais conosco, se é que você me entende, mas sinto que preciso fazer isso para tentar seguir em frente. Tudo começou no dia 13 de setembro de 2004, nossos amigos nos apresentaram. Sorte nossa de o Michael ter conhecido e namorado a Jessica não? Talvez se eles não tivessem namorados nós não iríamos nos conhecer.

O Michael me falou que a namorada dele tinha uma amiga muito bonita e etc. eu como qualquer pessoa comum me interessei, resolvi que queria conhecê-la para saber se ela era mesmo todas aquelas coisas que ele falava! Mas também não levei muito a sério, por que antes de você ele já havia me apresentado tantas... cada uma pior que a outra, só você vendo meu amor. Sim, voltando ao assunto. Graças a eles nós nos conhecemos, por isso pelo resto da minha vida vou ser grato a eles do mesmo jeito que você foi. Eles marcaram para nós quatro nos encontrarmos em um domingo calorento no parque do bairro às 13h00, como de costume eu cheguei um pouco mais cedo e fiquei lá observando as pessoas e as crianças brincando que nem vi o tempo passar, quando olhei para frente vi a figura mais linda que eu já havia visto na minha vida inteira, e ela estava do lado do meu amigo e de sua namorada, então tive certeza que dessa vez ele realmente queria me apresentar a alguma espécie de anjo.


O Michael já havia me visto e estava acenando desesperadamente para mim enquanto vinha na minha direção, mas eu não conseguia responder, eu não prestava atenção a ele, só queria olhar para aquela figura que estava conversando com a amiga, ela era incrível, a imagem por sinal, não que a Jessica seja feia nem nada, só que junto daquela figura ela era apenas um grãozinho de areia na imensidão da praia, era realmente impossível tirar os olhos de você. Mas então vocês chegaram onde eu estava, apresentaram-nos ficaram uns 10min com a gente depois foram andar pelo parque. O que eu duvido muito até hoje que eles tenham feito isso, o Michael nunca gostou de andar nem para ir à padaria que é do lado da casa dele.


Nós ficamos lá nos conhecendo, ou melhor, eu fiquei lá fazendo perguntas, nas quais você respondia apenas com um sim ou um balançar de cabeça. Mas eu não conseguia evitar, não conseguir parar de falar, meus pensamentos se embaralhavam quando seus olhos se encontravam com os meus e instantaneamente olhavam para o lado como nada daquilo tivesse acontecido. Eu notei que você estava me ignorando, que você não havia achado interesse nenhum em mim, mas eu não desisti, tanto é que depois desse consegui fazer com que nós nos encontrássemos de novo em um restaurante chique. No dia 6 de outubro de 2004, esse foi o dia que eu consegui marcar o nosso jantar, quando você chegou à companhia da Jessica e do Michael eu me decepcionado, pois pensei que seria apenas eu e você, desde que havia viso você naquele dia do parque pela primeira vez eu queria te conhecer melhor. Mas não pareceu que você queria o mesmo, então se não desse certo dessa vez eu não correria mais atraz de você. Foi isso que aconteceu não nos falamos direito no nosso jantar e eu decidi não te ligar mais, afinal não iria insistir em algo que nunca daria certo.


No dia 3 de dezembro de 2004, já não havia mais sol no céu, você me ligou. Perguntou por que eu não havia mais ligado, e se eu queria ir ao cinema com você no dia seguinte. Eu aceitei e não me arrependi, porque lá eu conheci você melhor e a partir desse dia nós começamos a nos ver quase todos os dias. Eu estava ficando perdidamente apaixonado por você, e não sabia como contar a você os meus sentimentos. Até o dia 16 de fevereiro de 2005, que foi quando eu não consegui me segurar e te beijei enquanto nós dois andávamos no parque. Aquele mesmo parque em que havíamos nos conhecido. Depois que terminei de te beijar você me olhou espantada por alguns segundos, depois voltou a andar, eu assustado pela sua reação não falei nada, apenas voltei a andar do seu lado. Estávamos os dois calados, andando com o olhar baixo, quando você pegou a minha mão e entrelaçou os seus dedos aos meus, eu assustado olhei para você com, você apenas olhou para mim e sorriu de um jeito tímido. Ali eu soube que pra sempre você seria minha. Bom, foi isso que pesei né?!


Nós namoramos durante 3 anos até eu decidir pedir a sua mão em casamento, você continuava sendo aquela figura adorável que eu havia visto 3 anos atraz. No dia 13 de setembro de 2007 eu te pedi em casamento e você alegremente aceitou nós iríamos nos casar no meio de girassóis, porque essa era a sua flor preferida, então iríamos casar em um campo das mesmas no dia 13 de setembro do ano seguinte.


Iríamos, se nós não tivéssemos brigado e você tivesse saído de casa chorando de tão irritada, você chorava muito e pensou que conseguiria dirigir assim mesmo. Talvez se nós não tivéssemos brigado por coisas bobas nós estaríamos casados à quase dois anos, estaríamos felizes e com um filho chamado Arthur, que é como você queria. Estaríamos morando do lado do Michael e da Jessica que se casaram há um ano atraz, teríamos um cachorro da raça Labrador, a que você mais gostava, que iria destruir todas as plantas que juntos iríamos plantar no nosso jardim. Mas infelizmente nosso sonho não pode se realizar. Eu não consigo parar de pensar em o quanto nós seriamos felizes, acho que o que aconteceu a você é culpa minha, se eu não tivesse gritado com você, você ainda estivesse viva, talvez aquele acidente não tivesse acontecido...


Mas não adianta me lamentar tanto assim, pois nada mais ira te trazer de volta. Infelizmente. Eu só queria falar pra você que eu continuo amando você do mesmo jeito que amei quando te beijei pela primeira vez, mas tenho que tentar seguir em frente. Porem, você nunca vai ser apagada da minha história.


Pra sempre seu, Jeff.”

Nenhum comentário: