14 de out. de 2010

ANTES DE QUALQUER COISA,

antes de colocar qualquer coisa aqui gostaria de pedir desculpa por esse longo tempo que passei sem postar nada, juro que apartir de agora toda semana terá um texto novo aqui. me desculpem o esquecimento e espero que continuem vindo aqui como antes. um abraço, Débora Andrade.

6 de set. de 2010

JUST STAY IN PEACE,


CARTA PARA O PASSADO,


“Bom, eu não sei como começo isso porque nunca na minha vida fiz uma carta pra alguém que já não está mais conosco, se é que você me entende, mas sinto que preciso fazer isso para tentar seguir em frente. Tudo começou no dia 13 de setembro de 2004, nossos amigos nos apresentaram. Sorte nossa de o Michael ter conhecido e namorado a Jessica não? Talvez se eles não tivessem namorados nós não iríamos nos conhecer.

O Michael me falou que a namorada dele tinha uma amiga muito bonita e etc. eu como qualquer pessoa comum me interessei, resolvi que queria conhecê-la para saber se ela era mesmo todas aquelas coisas que ele falava! Mas também não levei muito a sério, por que antes de você ele já havia me apresentado tantas... cada uma pior que a outra, só você vendo meu amor. Sim, voltando ao assunto. Graças a eles nós nos conhecemos, por isso pelo resto da minha vida vou ser grato a eles do mesmo jeito que você foi. Eles marcaram para nós quatro nos encontrarmos em um domingo calorento no parque do bairro às 13h00, como de costume eu cheguei um pouco mais cedo e fiquei lá observando as pessoas e as crianças brincando que nem vi o tempo passar, quando olhei para frente vi a figura mais linda que eu já havia visto na minha vida inteira, e ela estava do lado do meu amigo e de sua namorada, então tive certeza que dessa vez ele realmente queria me apresentar a alguma espécie de anjo.


O Michael já havia me visto e estava acenando desesperadamente para mim enquanto vinha na minha direção, mas eu não conseguia responder, eu não prestava atenção a ele, só queria olhar para aquela figura que estava conversando com a amiga, ela era incrível, a imagem por sinal, não que a Jessica seja feia nem nada, só que junto daquela figura ela era apenas um grãozinho de areia na imensidão da praia, era realmente impossível tirar os olhos de você. Mas então vocês chegaram onde eu estava, apresentaram-nos ficaram uns 10min com a gente depois foram andar pelo parque. O que eu duvido muito até hoje que eles tenham feito isso, o Michael nunca gostou de andar nem para ir à padaria que é do lado da casa dele.


Nós ficamos lá nos conhecendo, ou melhor, eu fiquei lá fazendo perguntas, nas quais você respondia apenas com um sim ou um balançar de cabeça. Mas eu não conseguia evitar, não conseguir parar de falar, meus pensamentos se embaralhavam quando seus olhos se encontravam com os meus e instantaneamente olhavam para o lado como nada daquilo tivesse acontecido. Eu notei que você estava me ignorando, que você não havia achado interesse nenhum em mim, mas eu não desisti, tanto é que depois desse consegui fazer com que nós nos encontrássemos de novo em um restaurante chique. No dia 6 de outubro de 2004, esse foi o dia que eu consegui marcar o nosso jantar, quando você chegou à companhia da Jessica e do Michael eu me decepcionado, pois pensei que seria apenas eu e você, desde que havia viso você naquele dia do parque pela primeira vez eu queria te conhecer melhor. Mas não pareceu que você queria o mesmo, então se não desse certo dessa vez eu não correria mais atraz de você. Foi isso que aconteceu não nos falamos direito no nosso jantar e eu decidi não te ligar mais, afinal não iria insistir em algo que nunca daria certo.


No dia 3 de dezembro de 2004, já não havia mais sol no céu, você me ligou. Perguntou por que eu não havia mais ligado, e se eu queria ir ao cinema com você no dia seguinte. Eu aceitei e não me arrependi, porque lá eu conheci você melhor e a partir desse dia nós começamos a nos ver quase todos os dias. Eu estava ficando perdidamente apaixonado por você, e não sabia como contar a você os meus sentimentos. Até o dia 16 de fevereiro de 2005, que foi quando eu não consegui me segurar e te beijei enquanto nós dois andávamos no parque. Aquele mesmo parque em que havíamos nos conhecido. Depois que terminei de te beijar você me olhou espantada por alguns segundos, depois voltou a andar, eu assustado pela sua reação não falei nada, apenas voltei a andar do seu lado. Estávamos os dois calados, andando com o olhar baixo, quando você pegou a minha mão e entrelaçou os seus dedos aos meus, eu assustado olhei para você com, você apenas olhou para mim e sorriu de um jeito tímido. Ali eu soube que pra sempre você seria minha. Bom, foi isso que pesei né?!


Nós namoramos durante 3 anos até eu decidir pedir a sua mão em casamento, você continuava sendo aquela figura adorável que eu havia visto 3 anos atraz. No dia 13 de setembro de 2007 eu te pedi em casamento e você alegremente aceitou nós iríamos nos casar no meio de girassóis, porque essa era a sua flor preferida, então iríamos casar em um campo das mesmas no dia 13 de setembro do ano seguinte.


Iríamos, se nós não tivéssemos brigado e você tivesse saído de casa chorando de tão irritada, você chorava muito e pensou que conseguiria dirigir assim mesmo. Talvez se nós não tivéssemos brigado por coisas bobas nós estaríamos casados à quase dois anos, estaríamos felizes e com um filho chamado Arthur, que é como você queria. Estaríamos morando do lado do Michael e da Jessica que se casaram há um ano atraz, teríamos um cachorro da raça Labrador, a que você mais gostava, que iria destruir todas as plantas que juntos iríamos plantar no nosso jardim. Mas infelizmente nosso sonho não pode se realizar. Eu não consigo parar de pensar em o quanto nós seriamos felizes, acho que o que aconteceu a você é culpa minha, se eu não tivesse gritado com você, você ainda estivesse viva, talvez aquele acidente não tivesse acontecido...


Mas não adianta me lamentar tanto assim, pois nada mais ira te trazer de volta. Infelizmente. Eu só queria falar pra você que eu continuo amando você do mesmo jeito que amei quando te beijei pela primeira vez, mas tenho que tentar seguir em frente. Porem, você nunca vai ser apagada da minha história.


Pra sempre seu, Jeff.”

DESABAFO DAS 21:24 DE UMA SEGUNDA-FEIRA CHUVOSA,

Ela sentou na minha frente e começou a falar. Ela me falou o quanto sentiria saudade das pessoas que a irritavam tanto hoje em dia, que não seria a mesma coisa que antes, não teria as mesmas aulas nem os mesmos amigos. Ela iria ser novamente a novata, em uma sala onde todos eram novatos. Enquanto falava eu fiquei mexendo no computador e fingindo não estar prestando atenção ao que ela falava, porem eu estava. Se ela tivesse notado, certamente nunca iria me falar as coisas que ela me falou.

Durante um segundo tirei os olhos da tela do computador e olhei para o rosto dela, aquele que ela jura ser feio, havia lagrimas escorrendo nos cantos de seus olhos. Eram lagrimas de saudades antecipadas. Ela já estava sentindo saudade da turma que aturou o carisma dela durante três longos anos.

Ela não estava olhando para mim, ela estava olhando para o nosso gato, Damon, que estava aninhado em seu colo esperando que ela lhe fizesse carinho, porem, como ela não lhe fizera ele pulou para o chão e saiu de nosso quarto, porem ela não tirou os olhos de onde o gato estava antes deitado, ela apenas ficou lá, sentada, olhando enquanto as lagrimas estavam caindo de seus olhos cada vez mais cheios.

Ela se lembrou de tudo, dos abraços recebidos, dos xingamentos trocados, das tentativas de beijo no pescoço, dos abraços indesejáveis, das vozes chatas, sorrisos recebidos, telefonemas, elogios concedidos, provas feitas, professores preferidos... tudo. Só esqueceu-se de lembrar que eu, que sou sua irmã, seria uma das únicas que não iriam abandona-lá. Esqueceu dos momentos que passamos juntas na escola, das brigas que tivemos por causa de amigos, das listas de reprodução que eu fiz para ela chorar, das nossas imitações toscas dos irmãos gemios (ATIVAR!), dos elogios que eu fiz a ela sem ela saber, e de como ela descobriu destes, e dos segredos que os meus amigos acabaram contado para ela... eu acho que ela esqueceu de lembrar que eu não a abandonaria. Porem eu não ligo, pois ela ira continuar sendo minha irmã e sempre que ela precisar eu fingirei estar mexendo no computador enquanto ela expõe os seus sentimentos.

Karina, eu creio que ninguém quer que o tempo passe, mas infelizmente isso tem que acontecer, temos que seguir em frente, claro que é impossível seguir sempre em frente sem dar aquela olhadela para traz para ver se tudo continua bem, mas lembre-se, sempre siga em frente. Isso nunca vai mudar, algumas pessoas talvez sumam, outras talvez apareçam, mas tenha certeza que uma estará sempre lá para tentar reconfortá-la nos momentos em que você mais precisa!

27 de ago. de 2010

DESENTENDIMENTOS


Eu fiquei lá, sentada, esperando você falar, mas você parecia chocado, pareceu-me que você não queria saber os meus verdadeiros sentimentos, não agüentei levantei olhei nos fundo dos olhos dele e falei a primeira coisa que veio em minha cabeça:

“Arrependi-me por ter aberto meu coração pra um completo babaca! Eu soube pela sua cara que você só estava de curtição comigo, nunca quis algo sério. Pelo seu jeito você não ia querer algo sério com ninguém, não só comigo!

Não sei o que deu na minha cabeça quando eu pensei que comigo ia ser diferente, como se eu tivesse o poder de mudar você.. de colocar um coração nesse espaço vazio entre o seu peito.. um coração que te desse capacidade de ter algum sentimento. Se um dia você consegui-lo (o que duvido) já terá sido tarde demais, pois todas irão saber o quão estúpido você já foi, e sempre irão ficar com um pé atraz quando o assunto se envolver com você. E se por acaso quiserem provar um pouco de você, antes de ter certeza que você é o cara ideal e se abrir, vão se lembrar do que você fez com todas as outras garotas que você magoou antes, e irão desistir de você, como acontece com as meninas de hoje que de bestas pensam que podem mudá-lo!...”

Eu estava tentando segurar minhas lagrimas que teimavam em cair dos meus olhos cheios enquanto as palavras saiam da minha boca, percebi que ele queria falar alguma coisa, mas não o deixei fazê-lo, era a minha vez de falar, eu ainda tinha muita coisa para falar para aquele insensível.

“... Eu queria que algum dia alguém fizesse com você o que você faz hoje com meninas que, a procura de um companheiro de verdade, acreditam em você e acabam quebrando a cara, como eu e as meninas anteriores a mim fizeram. Pois eu quero falar uma coisa que eu sempre tive vontade de dizer para um menino.. daqui a alguns anos eu vou estar casada e com um filho lindo, enquanto você, que não tem coração vai ficar sozinho pro resto da sua vida, lamentando ter sido esse idiota que você é hoje em dia, e quando você pensar isso vai ver que é impossível apagar erros tão grandes como esse. Você não tem amor, você não sabe o que é amar alguém! Você acha que é apenas uma brincadeira, mas não é, existem pessoas que se matam porque o amor não é recíproco. Imagine, você fazendo isso que você está fazendo comigo agora, ignorando a sinceridade dos sentimentos, com uma menina super dramática, que leve tudo a sério... e um dia depois você vê no jornal nacional que essa menina se jogou do 4 andar do seu prédio porque estava muito triste depois que viu o ‘namorado’ pela ultima vez. Como você vai ficar? Espero que você se sinta culpado, porque pelo menos eu vou saber que existe um pequeno coração ai dentro, um coração que serpe apenas para se sentir culpado!...”

Nessa hora eu já não me preocupava se estava chorando ou não, não ligava para o que ele iria pensar de mim a partir dali, eu realmente não ligava para mais nada. Ele continuava tentando falar, mas eu não o deixava.

“... Se um dia você tiver um filho, de outra mulher que foi iludida por você eu vou torcer muito para que ele não tenha puxado do pai a falta de sentimentos, espero que ele seja totalmente dife-...”

Nessa hora ele se apoiou pela minha cintura para se levantar, não deixou que eu terminasse a frase e me beijou, mas ele não me beijou como antes, foi um beijo diferente, mais carinhoso, como se eu tivesse conseguido fazê-lo sentir algo, como se eu tivesse colocado um coração ali. Eu espantada não consegui reagir. Ele parou de me beijar e disse:

“Eu te amo! Não precisava fazer esse discurso todo!”

“Mas. Você. Ficou. Calado. Quando. Eu. Falei. O que. Eu. Sentia.”

Disse pausadamente.

“Fiquei calado durante um minuto para tentar formular alguma coisa diferente de eu te amo para te falar. Porque isso é muito pouco pra falar o meu sentimento por você...”

Instantaneamente eu fiquei vermelha, MUITO vermelha mesmo.

“Eu quero acordar todas as manhãs e a primeira coisa que eu quero ver é o seu rosto. Se eu for casar, eu já sei que será com você! eu não sei o que aconteceu comigo, depois que a gente começou a sair junto eu comecei a sentir uma coisa que eu nunca havia sentido antes, eu comecei a ver as coisas de um jeito diferente. Comecei a sentir algo estranho toda vez que eu via você, como se meu coração estivesse dando piruetas dentro de mim, e eu não sabia o que era, porque nunca senti nada parecido com ninguém. Então, você conseguiu fazer o que queria, conseguiu colocar um coração em mim. Agora esse coração foi você que colocou ai, e só você pode tirá-lo. Porem, se você tirar, eu que vou aparecer no jornal como o menino suicida. E tudo isso por culpa sua. Eu não sei o que está acontecendo comigo, porque eu nunca senti nada por ninguém, pra mim, como você disse antes, sempre foi tudo curtição, mas agora eu juro que é diferente, porque você é diferente de qualquer menina que eu já fiquei. Você é mais especial do que qualquer uma. E como eu já disse antes, mas a partir agora, e se você deixar nunca mais parar, eu vou dizer mais uma vez que te amo!”

Eu nunca havia chorado tanto na minha vida. Eu odiava o homem que eu amo. Desesperada eu o abracei, encaixando a minha cabeça nos ombros que eram mais altos que eu, foi como eu nunca mais quisesse sair dali, como se ali eu tivesse protegida de todo o mundo. Foi quando eu senti a mão quente dele no meu queixo puxando ele para cima. Ele estava lindo, o contrario de mim que estava com a cara toda vermelha e com os olhos inchados de tanto chorar. Ele olhou para mim, sorriu e falou sem soltar nenhum som EU TE AMO e me beijou, ali eu tive certeza que ele era o meu homem para a vida toda.

21 de ago. de 2010

ABANDONO,

CONTO SEM NOME,



Eles mal se conheciam e já se odiavam, faziam questão de não se falarem, se possível nem se olhavam! Ninguém nunca vai conseguir entender o ódio que existia entre eles, ninguém nunca vai entender a vida desses dois jovens.

Desde que ela havia entrado na nova escola e botará os olhos nele pela primeira vez, soube que entre eles nem um único sentimento iria nascer, nem uma simples amizade. O mesmo aconteceu com ele quando a viu entrando na porta do colégio com o seu caderno em uma mão e a bolsa pendendo em um dos ombros.

Ela era uma menina tímida, ele não. Ele estava sempre cercado de amigos, ela não. Eles não gostavam nem faziam nada parecido. Não a primeira vista.

Eles se evitavam bem, até o dia em que o professor de química juntou-os, eles seriam uma dupla até o final do ano, nenhum dos dois gostou. Por isso eles foram falar com o professor, não adiantou... Todas as aulas de química, até o final do ano, seria só ele e ela.

Ela não acreditava que teria que suportar obrigadamente, aquele que ela havia ignorado há tanto tempo... Para ela ele era mesquinho, ignorante, arrogante... Ela não conseguia pensar em alguma coisa boa a respeito dele. Para ele ela era esquisita, não tinha amigos por ela ser chata, ele pensava que ela se achava. Obviamente ele também não gostava da idéia de ter que falar com ela até o final do ano. Agora eles tinham uma coisa em comum... O ódio mutuo pelo professor de química.

12 de ago. de 2010

7 de ago. de 2010

DESCULPEM,

por não estar fazendo mais textos como fazia antes...
mas eu realmenta não ando com tempo livre. mas relaxem que
eu vou escrever toda vez que der, s:
como essa foi a 1ª semana de aula eu ainda tô com sono de férias atrasado T.T
a partir de agora eu vou conseguir organizar o meu tempo ;)

VI E ADOREI *-*

1 de ago. de 2010

A VOLTA DA ROTINA,

Mais uma vez os dias vão passar sem serem notados cada vez mais rapido, trazendo o cansaço e o tédio junto. as pessoas vão ficando cada vez mais velhas e mais sabias, novos escritores vão surgindo, porem esse não é o motivo para abandonar os antigos. os novos vão se juntando oas antigos até que os dois se tornem iguais, e aos poucos um deles irá sendo esquecido. e os novos vão começar a usar a frase que os velhos usavam. "no meu tempo não existia isso!"
o tempo, algo que pode ser escasso para uns, fazendo-os não terem tempo para fazerem o que mais amam. porem, como amam, arranjam o tempo que já não os possuem para faze-lo.
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como as aulas vão começar o meu tempo vai voltar a ser super ocupado, mas como amo escrever sempre vou ter tempo para faze-lo, mas infelizmente só vou poder colocar aqui nos dias de sabado novamente. espero que voltem. Xx

30 de jul. de 2010

29 de jul. de 2010

QUEM É ELA ?

Ela sabe que é baixa para a idade dela, sabe que não sabe fazer nada demais, sabe que seu cabelo cacheado é diferente de todos os cabelos super lisos que ela vê na rua, sabe que não é a mais inteligente da sala, nem a mais bonita, sabe que gosta das coisas que gosta.
Muitos pensam que ela não desse pais, outros pensam que ela é estranha, que ela pensa ser o que não é, que ela se esconde nas palavras que sozinhas se juntam na cabeça dela formando um texto que pode não ter sentido nenhum.
Disseram-me que ela se veste mal, que ela é feia, que tem medo dela, mas quando me mostraram o rosto dessa menina não vi tudo isso que me falaram. Pra mim ela pareceu uma adolescente normal, na flor da idade que gosta de escutar musicas, se vestir do jeito que quer e gosta de escrever o que lhe vem à cabeça.
Um dia a vista sentada sozinha na hora do recreio e fui conversar com ela, perguntei por que ela se achava diferente das outras e ela me respondeu quase que instantaneamente. “Porque eu sou!” perguntei se ela sabia me dizer a explicação dessa resposta e ela me respondeu. “Quantas meninas você vê que trazem livros antigos pra escola, que não ligam para não estarem namorando, que mesmo gostando de algum menino antes de ir falar com ele fala com a mãe depois com as amigas, quantas pessoas existem que escrevem pelo simples prazer de escrever..”, no meio de seu discurso eu a interrompi pois já havia percebido que ela era diferente. Percebi também que ela fazia várias coisas que eu faço isso me fazia diferente também. Logo depois de perceber isso olhei para o lado e dizer olhando nos olhos dela que ela não era diferente, mas quando virei não havia mais nada ao meu lado, eu estava segurando o livro que a suposta menina estava segurando, eu estava com as roupas que ela estava usando e meu cabelo estava solto como o dela estava. E logo percebi que eu era aquela menina que muitos tinham medo. Só não sei como não havia percebido antes, tudo estava tão obvio, como nunca havia percebido que as pessoas me ignoravam, e que eu nunca ficava triste quando todas as minhas amigas estavam namorando menos eu, que o cacheado dos meus cabelos de destacavam na rua.
Agora eu sei que sou eu que sei que sou baixa para a minha idade, sei que não sei fazer nada demais, sei que meu cabelo cacheado é diferente de todos os cabelos super lisos que eu vejo na rua, sai que não sou a mais inteligente da sala, nem a mais bonita, sei que gosto das coisas que gosto. Bom, agora eu descobri quem eu sou.

27 de jul. de 2010